9 Setembro 2024
Fonte:: IDGNOW!

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A Microsoft pode estar a caminho de virar passado no segmento de navegadores, segundo os dados mais recentes da empresa de análises Net Applications.

Levantamento publicado nesta quinta-feira, 1/3, pela companhia mostram que a participação do Internet Explorer foi de 13,5% em fevereiro. Para chegar a esse número, o browser registrou um aumento significativo de 1,7 ponto percentual em relação ao mês anterior.

Mas, mesmo com esse crescimento, o futuro não parece muito animador para a Microsoft quando o assunto são navegadores. Basta lembrar que em junho de 2015, pouco antes do lançamento do Windows 10 e do seu browser nativo, o Edge, o IE respondia por 54% dos navegadores pelo mundo – e quase 60% entre os donos de PCs Windows.

No mês passado, a fatia do IE entre todos os PCs Windows do mundo foi de 15,4%, o que significa que menos de uma a cada seis máquinas Windows usam o navegador para acessar a Internet.

Vale notar ainda que o IE está com o tempo contado. Já designado como um navegador legado no Windows 10, onde foi relegado pelas empresas a renderizar sites internos estagnados e web apps que não foram atualizados, o IE deixará de ser suportado pelo Windows 7 em janeiro de 2020, quando o sistema será oficialmente aposentado. Os usuários ainda poderão rodar o IE – e o Windows 7 – depois disso, mas farão isso por sua própria conta e risco, uma vez que nenhum dos dois, navegador e sistema, receberão novos updates de segurança.

Como o IE responde pela maior parte da participação combinada dos navegadores da Microsoft, e com a fraca presença do Edge entre os usuários do Windows 10, a Microsoft vem encarando uma queda dramática em sua participação no segmento.

No mês passado, o Edge registrou um recorde negativo entre as máquinas Windows 10 – com uma fatia de apenas 11,7%, o que representou uma queda de quase dois pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Quando a Microsoft aposentar o Windows 7, e para efeitos práticos, o IE também, o Windows 10 deverá ter uma participação de 63,6% entre todos as versões do Windows no mercado, presumindo que o seu crescimento siga a mesma linha registrada no ano passado. Caso o Edge não consiga aumentar de forma significativa seu ritmo até lá – e tudo indica que não fará isso – então a participação ativa da Microsoft entre os navegadores será de apenas um dígito, talvez na casa dos 6%.

(Por “ativa”, a Computerworld quer dizer navegadores que ainda contam com suporte; certamente ainda teremos usuários rodando o IE após a aposentadoria do Windows 7, mesmo sem updates de segurança. E o IE no Windows 8.1 será uma contribuição quase inexistente para a fatia de usuários, uma vez que esse sistema deverá ter menos de 5% de mercado em janeiro de 2020.)

Para efeito de comparação, essa participação estimada de 6% do Edge em 2020 será apenas pouco mais da metade do Mozilla Firefox – outro navegador que já esteve, e agora novamente, em dificuldade.

Os resultados dos outros browsers em fevereiro foram variados. Apesar de ainda liderar com o folga, o Google Chrome perdeu 0,8 de ponto percentual no mês passado, fechando fevereiro com 60,6% de participação no mercado. Já o Firefox fechou o mês com 10,9%, enquanto que o Safari, da Apple, registrou 4,3%.

A Apple, assim como a Microsoft, viu o seu navegador principal perder espaço na sua própria plataforma. Em fevereiro, aproximadamente 44% de todos os Macs rodavam o Safari como o navegador principal, bem menos do que o 66% registrados pelo browser há menos de três anos. O Chrome provavelmente absorveu a maior parte desses “desertores”, como aconteceu com o Windows e o IE no mesmo período.