Os navegadores da Microsoft e da Mozilla decaíram em julho, enquanto os usuários continuam a migrar para o gigante do Google, o Chrome. Segundo a Net Applications, o Internet Explorer (IE) e o Edge, da Microsoft, tiveram queda de 15,4% no mês passado, uma queda de 3,8 pontos percentuais em relação a junho. Enquanto isso, o Firefox, da Mozilla, recuou dois décimos de um ponto percentual, registrando uma participação de usuários de 9,7%.
A Net Applications calcula o compartilhamento de usuários, detectando as cadeias de agentes dos navegadores que as pessoas usam para visitar os sites de seus clientes. Em seguida, registra as sessões do visitante, em vez de contar apenas os usuários.
Um longo declive
Os problemas da Microsoft pareciam piores, já que o IE e o Edge mostraram poucos sinais de conter suas perdas contínuas. Com pouquíssimas exceções, os browsers vêm perdendo força mês após mês. No último ano, sua participação caiu 6,8 pontos percentuais, um declínio de 31% em relação à marca de 31 de julho de 2017.
Julho foi o terceiro mês consecutivo em que o Firefox registrou número abaixo da faixa de 10%. No ano passado, o Firefox perdeu 2,6 pontos percentuais, ou 21% de sua participação de usuários.
Se as tendências dos últimos 12 meses continuarem e o IE e Edge perderem mais 31% no próximo ano, eles serão responsáveis por apenas 10,6% da participação mundial de usuários de navegadores até 2019. Se o Firefox cair 21%, terá somente 7,6% de participação no mesmo período.
Mas o Firefox pode ter a melhor chance de superar essa previsão. Isso porque o navegador sobreviveu a uma experiência de quase morte recentemente. Há dois anos, a Net Applications informou que a participação de usuários do Firefox havia atingido uma baixa recorde de apenas 7,7%. Mas nos 14 meses que seguiram, o navegador se recuperou para 13,1%.
O Internet Explorer teve um pequeno crescimento em dezembro de 2011, saindo de 50% dos usuários para 59,1% três anos depois. Mas o IE, e depois o IE + Edge, perderam terreno desde dezembro de 2014.
Um futuro sombrio
De acordo com a Net Applications, o IE e o Edge foram responsáveis por 17,4% dos navegadores que rodavam no Windows em julho. Porém, o IE será cada vez mais rejeitado pelos clientes comerciais à medida que eles adotarem o Windows 10 e modernizarem os aplicativos e sites da Web. Isso deixará o Edge como o único navegador competitivo no arsenal da Microsoft. E o Edge continua a ser um fracasso. Em julho, apenas 11,5% de todos os usuários do Windows 10 confiaram no navegador, uma baixa recorde prazo.
As perdas da Microsoft e da Mozilla se tornaram os ganhos do Google: o Chrome adicionou quase quatro pontos percentuais à sua participação de usuários em julho, terminando em 64,7%. A última vez que um navegador possuiu um pedaço tão grande do mercado mundial de navegadores foi no final de 2009, quando o IE representava dois terços do total.
Usando a variação mensal nos últimos 12 meses, o Chrome deverá atingir 66,7% dos computadores ou mais em dezembro, chegando a 70% em agosto de 2019.
A média de 12 meses para os navegadores da Microsoft e da Mozilla criam uma imagem bem diferente. O IE e o Edge serão responsáveis por menos de 12% de toda a participação do usuário até fevereiro de 2019 e cairão para menos de 10% até maio. O Firefox continuará com seu declínio, caindo para menos de 9% em novembro e 8% em março de 2019.